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quarta-feira, 13 de março de 2013

história para dormir

Era eu novamente em sangue vivo: conseguia em milímetros de gotas em folhas altas de baobás sentir a adrenalina caindo à forma de precipícios em minhas veias que desembocavam no opaco de meu estômago, na frieza crua de minhas mãos e nas movimentações em pedra de minha musculatura. Eu era eu, pura naquele instantâneo.

Iria mesmo assim, com furos em sangue, com medo. Iria mesmo assim.

e fui.

O que encontrei foi a vergonha [com que não sorria e guardava o meu sorriso ritmado em coração dentro da silhueta de meu corpo] de antigamente. Lá, naquele espaço aberto avistei minhas lágrimas de marinheiro só. Parte do mar estava naquela plataforma de pedra pisada de pés descalços, que sorrisos corriam de um lado a outro: e eu observava o vasto daquele momento em pensamento mudo de alma reintegrante.

Perguntei-me se suportaria esse contínuo desafio que é desafiar-se em vastidão de si da qual você me erguia em altos braços todos os dias. Um borbulhar de pensamentos sem pensamento embarga minha voz ao telefone com ti. Eu só queria os teus beijos e teus abraços [teu amor], era disso que precisava para responder afirmativamente a pergunta. E era nisso que consistia a calmaria para tomar em ângulo o teu ser, para não falar palavras impensadas. Mas é em outra calmaria, uma calmaria tua, essa calmaria de beijos tua que o desespero me toma à mente em horas como essa. Eu necessito de ter esse teu amor também. 

Boto em tuas mãos o meu amor.

- você é inseguro e precisa que eu fique inseguro para ficar seguro. [falaste-me]

Um comentário:

  1. Oi Querido
    que lindas palavras!
    Me lembra alguém... rsrsrs
    acho que sabemos quem é?

    Lindo lindo mesmo!
    Muita luz sempre pra você!
    Abraço forte.

    Luiz.

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