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terça-feira, 7 de outubro de 2014

relâmpago nº2

vamos transar. sabe o que é, vou morrer. quando transo sinto que vou morrer. morte de desintegração de cada parte, morte de expansão. para morrer é preciso estar disposto. coloque o sexo que faço contigo em cima d'uma pétala de lírio para observar a matéria prima fazendo poesia, para observar a vida sendo amiga da morte, e eu me desintegrando a cada chupada que dás em meu pescoço. deixa eu gozar enquanto você se desintegra. adstringe as tuas roupas e vem gemer sem medo de que eu te faça morrer. tu não vai morrer. serás co-existindo comigo, ao mar de sons em meu ouvido. curando-me pelo meu cu. postando nossas salivas numa ressaca de ondas pelas dobras de nossos ombros, nossas cinturas, nossa bunda. suor que dessaliniza as palavras do cotidiano que nos aflige. eu gozar você. divida com vírgulas agora a frase anterior. e finja que meu pau tem o nome da palavra mediana.

você gozar eu
gozar você eu
eu gozar você
eu go zar você
vo cê go zar e u
voe go cê u
ucê evo go
goucêevo
você gozar
eu gozar
gozar.

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