Para mais uma noite de verão, eu olho pela janela enquanto o ônibus faz a curva. Cada descida, subida, freada, na verdade, cada percurso, e durante todos esses que o ônibus faz até a minha casa, é minha vida. Vejam-me bem, não é de se preparar para ter o coração em alternações escandalosas quando este mesmo já por sua natureza humana carrega morte a cada oxigenação. Carrego minhas mãos e as levo até o céu para, junto de meus braços, circularem pelos rostos de todo esse povo que não me diz respeito, dance-as!
Olhar para um conjunto de vazios imersos num substrato coerente: sim, é preciso impor-se à própria boca que se contrai em presença de gente estranha, sim, viver é necessário. Rasguem-me um saco de bolas multicoloridas em cima da mesa de jantar. Preciso respirar como boi bumbá! Autentiquem-me numa escada feita de grama. Desconstrua esse verso de amor talhado à pó. Dar-se com chuva, feito gaiola, sabiá.
Um sopro, continuo tendo a capacidade [humana] de mar, ar, amar. Com que coragem se delineia o canto de um sabiá? Desenhe, menino, o bater do tambor do axé é amar. Reflua-se para quem tu ama e dar-se, em todo de não se esperar, para quem tu esperas pelo beijo com a luz branca da tela do cinema, resume, dê-se, em mente, que não precisas esperar: chocolate.
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