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sábado, 15 de fevereiro de 2014

conto de tessituras cotidianas

Corte em tela quadrada, adentre e observe o beijo de choque entre os dois carros que vinham em direções retangulares, na descida em preto e branco. Debaixo das calçadas de paralelepípedo dizem ser morada de constelações feito plantações de alfazema, beleza em fileira, numa ordem certeira. Revê o viés dos saxofones emitindo esse som que o cotidiano grita de nostalgia ao vê-lo sair na música
entre esses amontoados de pessoas públicas, em locais públicos, quase em banheiro público. Agora conte os sapos da rua numa cidade nos fundos do Estado, sem saber da constelação que é falar o nome da Capital.

- Vem, sem divagar.
- Vou
- Me olha
- Sim
- E a lua?
- Também
- Então diz a ela
- Eu te amo, lua
- Pede para que nos ilumine
- Nos ilumina lua
- Engraçado/o que/ ilumina lua/ oi?/ o som dessas palavras juntas/ hum/ é bonito/ a língua da gente faz movimento de ventania/ é a luz da lua vindo em nossa direção/ ou é o calor de nossos corpos juntos fingindo ser a luz da lua nos iluminando/continua a fazer essa ventania dizendo baixinho no meu ouvido/ quero te falar de outras ventanias/ então fala, mas começa por essa ilumina lua/ ilumina lua/ ilumina lua/

Fiz uma iluminura com a capitular beijando os teus olhos fugidios.

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