Fim de ano e é preciso fazer as considerações finais.
2012. Ano em que passei no vestibular para jornalismo na UFPB.
Amei e apaixonei-me.
Chorei, briguei, fiz e refiz. Amadureci.
Não sou mais adepto de fazer listinhas de metas todo final de ano, já fui. Mas, permito-me desejar e falar de uma meta espiritual. Que em 2013 eu possa ter os ensinamentos do Pai mais nítidos durante todo o percusso do ano. E que eu sempre possa me lembrar, não estou sozinho.
sábado, 29 de dezembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
voando com poesia
Nenhum contraponto
Nenhum emblema tórrido
Que ao menos chegue a algum ponto
Apenas um penacho na tua boca rota
Um galho de árvore numa pessegueira solta
E uma família de suricates pra me acompanhar.
Nenhum emblema tórrido
Que ao menos chegue a algum ponto
Apenas um penacho na tua boca rota
Um galho de árvore numa pessegueira solta
E uma família de suricates pra me acompanhar.
domingo, 25 de novembro de 2012
Rasga-me novamente, para sempre.
Naquele momento seu rosto era inteiramente meu. Eu podia beijá-lo onde eu quisesse e do jeito que bem me viesse. Aquele rosto que antes nem sequer tinha a ousadia de olhar de frente, senão por fotos. Agora, em meu quarto cheio de folhas e rabiscos esmiuçados em notas de amor, estávamos sentados em minha cama vazia de substrato. O substrato estava em meu corpo que lutava contra a etiqueta para não contorcer-se desesperadamente diante daquele momento mudo de uma vastidão que nutria desesperadamente minha autonomia. Eu, logo eu naquele instante que mal podia comigo, podia mesmo assim beijar seus lábios à minha forma. Se quisesse ainda, podia gozar em abraços, beijar suas mãos, sua orelha ou sentir o cheiro da crespidão de seus cabelos, ou ainda, veja só, ainda poderia amar de todas essas formas!
Por mais absurdo que me aparentasse, ainda continuávamos na mesma posição já denunciada de nossa escolha: Queríamos um ao outro tal como é o vai e vem do mar que lambe a terra, deixando-a nua e molhada, numa sede que continua insaciável segundo após segundo.Ah! Por falar em mar, esqueci-me de dizer-lhe, enquanto olhava para ver se sua pupila pulsava feito meu coração errante, que eu era do mar. Em minhas mãos espalmadas podia se ver a transpiração exacerbada e constrangedora do bater da maresia em naus de tempos miticamente guardados, tempos da descoberta lusitana em terras indígeno-brasileiras. Podia se ver também a frescura gélida do encontro das ondas em noites de lua laranja em minhas mãos e em meus pés. Todas essas sensações marítimas esqueci de lhe falar naquele instante. Mas, as palavras faltavam-me à boca assim como faltava-me toda a infelicidade de meu desassossego sem resposta que vivi naquelas 3 semanas anteriores.
Faltava-me o calor de teu colo em minhas mãos gélidas. É que naquelas 3 semanas em que ficamos sem nos falar eu já não era mais de mim o que fui com você. Eu só era o sal e a espuma lá do fundo do oceano. Fostes para a tua terra e deixaste-me sem nenhuma precaução de ver-te regressar. Sei, disseste-me infinitas vezes da irremediável natureza de tua viagem; e eu compreendi como quem vê o brochar de uma orquídea negra que não está em meu jardim. Foste e disseste-me que ficava em pensamento, mas eu, na minha amplidão cega por apenas te querer, vi a agonia de minhas lágrimas ao escorrerem sufocadas por minhas bochechas, deixando a prova do que fizeste comigo naquele momento.
O primeiro dia sem ti foi a palavra que não chegou à garganta ao ver em teu lençol marrom e amarelo o cheiro de tuas elevações e de tua pelugem cor de raios de sol batendo nos olhos castanhos ao entardecer costeiro.
Sem mais. Sem mais. Sem mais. Esquece, ora, eu! Esquece disso tudo e volta e te concentra neste momento! Fita-a o mais demorado que o comprometimento de seus olhos permitirem à ti.
Eu largo toda aquela agonia que me destes pelo cometer do que vamos fazer nesta ora! Eu preciso deste teu calor que me escapa, que não acho em lugar algum. Preciso pois já é de doer-me bastante ouvir sem ti os poemas musicados, que se antes de te conhecer pouco me faziam notar-lhes, depois de nossos gemidos DESABAFADOS agora me eram sensação pura de teus cabelos molhados ao vento.
Continuávamos naquele jogo de olhares, e seu olhar, agora estrangeiro, me olhava, me olhava queimando queimando como o céu no inferno. Meu paraíso era ali, naquele instante, naquele momento que prenunciava o que nós dois já sabíamos mas que amávamos por não realmente saber.
E o beijo veio feito brisa mole, feito poesia bem feita, feito a afinação de tua voz cantando Bethânia para todo o meu corpo.
Por mais absurdo que me aparentasse, ainda continuávamos na mesma posição já denunciada de nossa escolha: Queríamos um ao outro tal como é o vai e vem do mar que lambe a terra, deixando-a nua e molhada, numa sede que continua insaciável segundo após segundo.Ah! Por falar em mar, esqueci-me de dizer-lhe, enquanto olhava para ver se sua pupila pulsava feito meu coração errante, que eu era do mar. Em minhas mãos espalmadas podia se ver a transpiração exacerbada e constrangedora do bater da maresia em naus de tempos miticamente guardados, tempos da descoberta lusitana em terras indígeno-brasileiras. Podia se ver também a frescura gélida do encontro das ondas em noites de lua laranja em minhas mãos e em meus pés. Todas essas sensações marítimas esqueci de lhe falar naquele instante. Mas, as palavras faltavam-me à boca assim como faltava-me toda a infelicidade de meu desassossego sem resposta que vivi naquelas 3 semanas anteriores.
Faltava-me o calor de teu colo em minhas mãos gélidas. É que naquelas 3 semanas em que ficamos sem nos falar eu já não era mais de mim o que fui com você. Eu só era o sal e a espuma lá do fundo do oceano. Fostes para a tua terra e deixaste-me sem nenhuma precaução de ver-te regressar. Sei, disseste-me infinitas vezes da irremediável natureza de tua viagem; e eu compreendi como quem vê o brochar de uma orquídea negra que não está em meu jardim. Foste e disseste-me que ficava em pensamento, mas eu, na minha amplidão cega por apenas te querer, vi a agonia de minhas lágrimas ao escorrerem sufocadas por minhas bochechas, deixando a prova do que fizeste comigo naquele momento.
O primeiro dia sem ti foi a palavra que não chegou à garganta ao ver em teu lençol marrom e amarelo o cheiro de tuas elevações e de tua pelugem cor de raios de sol batendo nos olhos castanhos ao entardecer costeiro.
Sem mais. Sem mais. Sem mais. Esquece, ora, eu! Esquece disso tudo e volta e te concentra neste momento! Fita-a o mais demorado que o comprometimento de seus olhos permitirem à ti.
Eu largo toda aquela agonia que me destes pelo cometer do que vamos fazer nesta ora! Eu preciso deste teu calor que me escapa, que não acho em lugar algum. Preciso pois já é de doer-me bastante ouvir sem ti os poemas musicados, que se antes de te conhecer pouco me faziam notar-lhes, depois de nossos gemidos DESABAFADOS agora me eram sensação pura de teus cabelos molhados ao vento.
Continuávamos naquele jogo de olhares, e seu olhar, agora estrangeiro, me olhava, me olhava queimando queimando como o céu no inferno. Meu paraíso era ali, naquele instante, naquele momento que prenunciava o que nós dois já sabíamos mas que amávamos por não realmente saber.
E o beijo veio feito brisa mole, feito poesia bem feita, feito a afinação de tua voz cantando Bethânia para todo o meu corpo.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
não posso/quero mais odes
Mãos frias e suadas. Pés suados e frios.
Daquele sorriso que os olhos ficavam apertados, sem medo de apertá-los. Agora o guardo apenas em mim. O outro, de tecelagem não simples mas que se transborda na facilidade que é não ter de apertar os olhos para pessoas que passam longe de meus apertos mais profundos, ou ainda mesmo é aquele sorriso de cordialidade e de indisposição na amostra de meu ser, seria apenas um desenho sem sombreações, apenas o traçado desajeitado. Enquanto noutro, é de minha emoção mais pura.
Dessas facilidades de criança é que me pego pensando numa dessas noites ociosas de uma lua bifásica, ou melhor, de uma noite que se mostra de diferentes ângulos no meu corpo expresso em suor e frio ao mesmo tempo.
Um chacoalhar, é isso. O som do chacoalhar das águas; seriam aquelas salgadas e mansas?
É esse som que escuto no Ipod durante essas mesmas noites iluminadas pelo abafar do concreto e da floresta que permeiam o apartamento. Escuto, escuto. Voo longe. Sorrio e desfaço. Penso no tempo que nem ao menos chegou de ser. E chegará?
Verdade mesmo é que é no tratado destas palavras que eu falo de um homem que nem sei mais se existe ou se vale realmente à pena exorcizar. Mas é desmistificando que vem o desapego. Meu quereres é caetanáutico e ao mesmo tempo apenas unilateral e sólido. No imediatismo de meu poro é que se dissolve a a bebedura de águas limpas e novas. Se me perguntares o porquê direi apenas da sensação que é pensar sem querer. Direi apenas do amargor de que é ver sem saber bem o quê. E, ainda falarei da lástima que é ter a sensação de que você mesmo em sangue vivo se dissolva e pouco comova algum sentimento. Pois o sentimento intacto de mim mesmo ainda está e ainda vive. Mas esse que você insiste em dizer que eu causei e que portanto foi consequência da mesma essência do sentimento intacto em mim, esse, eu duvido de você.
Observo-te bem de frente, nos olhos que tu olhou em vitro. E não sei. Penso comigo mesmo quem é tu? Que fizeste mesmo da face que tinhas? Aquelas Odes conseguiram ultrapassar o acúmulo de apenas uma experiência?
Se chegou não sei [e também não entendo o porquê de tanto receio] mas o caminho de tijolos amarelos me chama e eu estou chegando perto, enquanto tu ficas nos laconismos que impedem a nascente de equilibrar o rio que nós secamos.
Esquece de tudo aqui e agora e nunca mais me volta a cara. Não me enche mais de tantas especulações se não tens a decência de sustentar o caminho que novamente abristes em mim. Não deixa mais dobrada a minha poesia!
Mudo, silencio agora pra me banhar no mar.
domingo, 23 de setembro de 2012
Dos que rimam sem esse pensar
Que graça tem a garça quando vê o que não pode cantar?
A graça ecoa uma Gal de luau
Não é rima que se faz à toa
Voa e voa pela tempestade em lisboa
Espera o ritmo que enevoa, Santa Batalhadora?
Ou prima pela rosa da pura rima, Santa Severina?
Acaso não seja de puras ou pueris rimas
A confidência é que deus habita as coincidências
A linguagem jiboia joia já de suçuarana
Agora vejam e leiam novamente para ver
Que nada tem em mente essa frase logicamente
Mas que ainda sim, fita profundo e sonoramente.
sábado, 15 de setembro de 2012
Concreto e tijolo
Cá estou, agora acompanho o tempo. Tateio por várias cores. Abro-as e não vejo os sonhos do passado.
Dentro delas agora é só concreto e tijolo. Mas, percebo a semelhança dessas placas com os grãos de areia da praia que todo os dias são banhados pela água que o sol e a lua alquimiam. Há sim, beleza nisso. O sorriso de ver que as mesmas linhas que desenham os tijolos e o concreto também estão a desenhar o mar, o céu, a areia e o beijo sem pretensão de ser beijo.
Passeio pelos poetas, ouço as músicas e a mensagem é clara: seja simples. Comece pelo começo, e se não conseguir inicialmente enxergá-lo, levante a cabeça, procure por um calendário e conte os meses. Depois, vá continuando. Com as ressacas de arrepios na escuridão acesa unicamente pelo reflexo da lua no mar calmo e você lá fitando o atlântico, de branco no barco que ninguém na praia consegue ver.
As vírgulas ainda continuam no lugar certo. As letras, embora que menos frequentes, ainda continuam no mesmo lugar. E os seus olhos de ressaca não estão a olhar mais para a objetiva. Agora, quando olham, vagueiam misteriosos no intenso, falante e expresso a fitar.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
way
Fiz de meus retornos um convite ao verdadeiro sorrir. Consegui?
Sinto-me bem, leve. Escuto, escuto a velha trilha sonora de dias chuvosos, reouço com uma intimidade contemplativa. Apenas. Apesar de teu ecoar confortavelmente acanhado, tua mensagem agora me é explícita. Agora, agora somos só dois velhos conhecidos num aceno de casuais sorrisos. A deixa agora faz-se nas tuas comedidas e eu observo de uma janela só o pedestre a passar pela ruela de ladrilhos enlodoados.
Sigo em frente, modificando o delineio de meus lábios e vou vivendo deixando passar em meus ouvidos as músicas de que tanto gosto.
domingo, 24 de junho de 2012
As nuvens
Contemplo o horizonte, sem vocês todos.
Agora é apenas o ar a entrar e sair de meus pulmões, límpido e necessário.
Que ver diante das águas conturbadas a descerem pelo cascalho da vida?
Que fazer diante do lodo que está a formar-se nas extremidades de galhos hoje secos?
Poderia eu dizer e aceitar essa verdidão como uma dádiva de uma vida nova a surgir na madeira seca?
As perguntas estão a formar-se e eu só penso mesmo é nas nuvens.
Nuvens, nuvens, nuvens. Belas e reconfortantes.
Agora é apenas o ar a entrar e sair de meus pulmões, límpido e necessário.
Que ver diante das águas conturbadas a descerem pelo cascalho da vida?
Que fazer diante do lodo que está a formar-se nas extremidades de galhos hoje secos?
Poderia eu dizer e aceitar essa verdidão como uma dádiva de uma vida nova a surgir na madeira seca?
As perguntas estão a formar-se e eu só penso mesmo é nas nuvens.
Nuvens, nuvens, nuvens. Belas e reconfortantes.
sábado, 28 de janeiro de 2012
back
Depois de tanto tempo sem dar uma passada por aqui volto aos trabalhos.
Não sei se este blog ainda terá alguma razão de existência, ele foi o começo e o amadurecimento da 'chama que não vai passar', O jornalismo.
Mas, à dever da consciência, escrevo aqui o último post com a #tag vida de pré-vestibulando.
Sim, eu passei no vestibular. Depois de um ano de puro estudo, com algumas milionésimas ressalvas, o resultado saiu e eu passei no tão temido, sonhado e outros adjetivos, vestibular.
Sim, eu também fui ao show da minha cantora preferida Maria Bethânia. Enfim, várias coisas aconteceram e é meio desconcertante ficar nessa fala o tempo todo.
Mas uma dica que eu posso deixar para quem vai prestar vestibular é : Não deixe que essa prova se torne maior que você e maior que as suas convicções. É apenas um simplório exame que necessita de alguma abdicação(já que na nossa idade mal sabemos o significado dessa palavrinha). É preciso sabermos atingir o alvo, estudar e fazer exercícios do que realmente precisa. Além disso, mesmo que seus professores falem que não é para você ir ao cinema, ler livros que não sejam os da escola e os que vão cair no concurso, leia-os, assista filmes e escute muita música. Mas saiba fazer isso: Procure expandir o seu conhecimento através dessas atividades prazerosas. Assista filmes que ajudem no entendimento de algum assunto do vestibular, assim como nos livros e nas músicas. É vital - se você não o tem - treinar o seu refinamento musical. Escute Chico Buarque, Maria Bethânia, Gal Costa, Lenine, Elis, Cássia Eller e tantos outros cantores e compositores que em suas músicas falam de temas que afinam-se com o vestibular. Infelizmente ou não, nesse ano você terá que manter o direcionamento para o vestibular, até por que se você não o fizer, sua família, seus professores e seus amigos o farão. No mais, é saber ter serenidade e direcionamento.
Não sei se este blog ainda terá alguma razão de existência, ele foi o começo e o amadurecimento da 'chama que não vai passar', O jornalismo.
Mas, à dever da consciência, escrevo aqui o último post com a #tag vida de pré-vestibulando.
Sim, eu passei no vestibular. Depois de um ano de puro estudo, com algumas milionésimas ressalvas, o resultado saiu e eu passei no tão temido, sonhado e outros adjetivos, vestibular.
Sim, eu também fui ao show da minha cantora preferida Maria Bethânia. Enfim, várias coisas aconteceram e é meio desconcertante ficar nessa fala o tempo todo.
Mas uma dica que eu posso deixar para quem vai prestar vestibular é : Não deixe que essa prova se torne maior que você e maior que as suas convicções. É apenas um simplório exame que necessita de alguma abdicação(já que na nossa idade mal sabemos o significado dessa palavrinha). É preciso sabermos atingir o alvo, estudar e fazer exercícios do que realmente precisa. Além disso, mesmo que seus professores falem que não é para você ir ao cinema, ler livros que não sejam os da escola e os que vão cair no concurso, leia-os, assista filmes e escute muita música. Mas saiba fazer isso: Procure expandir o seu conhecimento através dessas atividades prazerosas. Assista filmes que ajudem no entendimento de algum assunto do vestibular, assim como nos livros e nas músicas. É vital - se você não o tem - treinar o seu refinamento musical. Escute Chico Buarque, Maria Bethânia, Gal Costa, Lenine, Elis, Cássia Eller e tantos outros cantores e compositores que em suas músicas falam de temas que afinam-se com o vestibular. Infelizmente ou não, nesse ano você terá que manter o direcionamento para o vestibular, até por que se você não o fizer, sua família, seus professores e seus amigos o farão. No mais, é saber ter serenidade e direcionamento.
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