quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
,
pequena nota para constar o quanto meu coração fica calmo quando recebo uma ligação tua e ouço tua voz a perguntar de meu amor por ti. Sim, Eu te amo e muito.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
riacho e mar
Agora eu tateio na realidade. Era isso o tempo todo, a realidade estava presente, eu a vivenciando rotineiramente. Eu não me conformava com a realidade - essas palavras me vieram como solução para todos os males. O caminho simples e atado às nossas contextualizações familiares e poéticas.
Agora eu a lembro, não mais as suas palavras me vem com a rapidez inquietante de pensamentos chave que se voam iguais a folhas em tetos de ônibus. Elas agora ficam e me olham, convidando-me a mexe-lhes na alma para buscar soluções.
Olho o riacho doce aventureiro, as águas, como falam os poetas, já não são mais as mesmas a segundos atrás: o rio não é mais o mesmo. As sombras que se formam de meu rosto nas elevações da água também já não são mais as mesmas. Os raios da manhã refletem no rio, e o seu reflexo vem em cheio aos meus olhos. Minha primeira reação é de desviar o olhar, mas observo que nos milésimos de segundo passados no intervalo do desvio, vejo que é possível suportar a luz do reflexo. Para viver é preciso ter coragem.
A vida senão é isso. Um barco a navegar nos riachos doces da floresta do ventre da mãe-terra que mais cedo ou tarde encontrará a desembocadura do rio com o mar. É o abraço do rio com o mar.
Genuinamente um abraço.
Os dois, embora se encontrem e sintam a realidade de um do outro não se misturam, mas se acoplam numa harmonia de águas diferentes, mas que mesmo assim ainda são águas e refletem qualquer raio de sol.
É coragem de ser riacho e mar.
Agora eu a lembro, não mais as suas palavras me vem com a rapidez inquietante de pensamentos chave que se voam iguais a folhas em tetos de ônibus. Elas agora ficam e me olham, convidando-me a mexe-lhes na alma para buscar soluções.
Olho o riacho doce aventureiro, as águas, como falam os poetas, já não são mais as mesmas a segundos atrás: o rio não é mais o mesmo. As sombras que se formam de meu rosto nas elevações da água também já não são mais as mesmas. Os raios da manhã refletem no rio, e o seu reflexo vem em cheio aos meus olhos. Minha primeira reação é de desviar o olhar, mas observo que nos milésimos de segundo passados no intervalo do desvio, vejo que é possível suportar a luz do reflexo. Para viver é preciso ter coragem.
A vida senão é isso. Um barco a navegar nos riachos doces da floresta do ventre da mãe-terra que mais cedo ou tarde encontrará a desembocadura do rio com o mar. É o abraço do rio com o mar.
Genuinamente um abraço.
Os dois, embora se encontrem e sintam a realidade de um do outro não se misturam, mas se acoplam numa harmonia de águas diferentes, mas que mesmo assim ainda são águas e refletem qualquer raio de sol.
É coragem de ser riacho e mar.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
sono:despertar
E novamente estou em face ao abismo. Novamente me vem a agonia, me vem o medo.
Devo prosseguir? Adiar mais uma vez o confronto comigo mesmo?
Sonho agora com estradas demasiadamente íngremes.
É preciso quebrar a elevada curva para subir.
É preciso deslocar o coqueiro para a passagem também difícil de ultrapassar.
Dói. E é de uma dureza apenas minha, ninguém deverá ajudar-me. É um caminho que é preciso trilhar só. E eu me perco, choro, recolho-me a velha criança medrosa. Mas me esqueço da criança sem medo e sorridente de outrora. Na verdade o caminho é esse, doer ao sol. No enfrentamento das iluminuras condensadas em meu corpo já acumulado de silêncios malditos, que poderei usar-me mais de mim para ser.
Nessa prática de viagens, o intervalo do sono me vale do melhor remédio. Durmo nos entremeios de meu amadurecer(se é assim que devo chamar), durmo e acordo com o mesmo problema, mas já com a agonia dissipada.
Devo prosseguir? Adiar mais uma vez o confronto comigo mesmo?
Sonho agora com estradas demasiadamente íngremes.
É preciso quebrar a elevada curva para subir.
É preciso deslocar o coqueiro para a passagem também difícil de ultrapassar.
Dói. E é de uma dureza apenas minha, ninguém deverá ajudar-me. É um caminho que é preciso trilhar só. E eu me perco, choro, recolho-me a velha criança medrosa. Mas me esqueço da criança sem medo e sorridente de outrora. Na verdade o caminho é esse, doer ao sol. No enfrentamento das iluminuras condensadas em meu corpo já acumulado de silêncios malditos, que poderei usar-me mais de mim para ser.
Nessa prática de viagens, o intervalo do sono me vale do melhor remédio. Durmo nos entremeios de meu amadurecer(se é assim que devo chamar), durmo e acordo com o mesmo problema, mas já com a agonia dissipada.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Mar do amor de carnaval
E tudo tá ficando tão grande, que eu tenho medo de perder o controle.
O mar estava cheio, a chuva caia cheia do mar
Os dois fundiam-se em gotas de atlântico
Enquanto nós, meu coração estava ao alcance da sua mão
Enquanto seu coração estava ao alcance de meu ouvido
Olhávamos um para o outro
Um para o outro.
Para o outro.
Aonde meu peito procura a melhor posição para entrelaçar-se com seu corpo, para assim o choro purificador vir como água doce cristalina. Tal como é a maresia das conchas marinhas. Eu era todo calor do desfigurado não saber, do querer em estado puro de emoção, eu era meu peito, meu corpo desabando no choro sem razão. Na razão de saber que ali estávamos, mas que em breve não mais estaríamos. Em cerca de um tempo de amor, que passa ligeiro, estaríamos um e o outro voltando para nossas casas, para uma parte nossa que não conhecíamos.
Na ventania cheia da escuridão do asfalto de água de chuva reluzente eu estaria todo ali entreposto nas singularidades da cidade de ares provincianos, a cidade dorme cedo. E eu, sem nem realidade de estar morto de amor, dormiria tarde.
Tudo novamente estava grande.
Os pássaros que agora via na cidade, os lilás vívido, quase sangrento, dos ipês, tudo ali era meu, era eu.
A inexistência de sorrisos e movimentações em dias rotineiros de outrora, desaparecera. O fogo de sentir o mundo na sua forma mais minha agora novamente me era aberto. Até as fitinhas multicoloridas que enfeitavam as avenidas da cidade faziam-me estremecer a pele, por que lembravam a alegria depois da tristeza. Era o carnaval. O carnaval é isso, a força de uma festa impulsionadora de vidas, de sua vida: de estar vivo na vivência do dia-a-dia, de ter força para lutar mesmo quando a dor e o desespero aparecer em seus olhos e ninguém, a não ser você e seu religare, te acolher em braços abertos. Mas, você, agora, novamente, e eu mesmo com o bombeamento de todo o dia, que agora já não me era todo o dia, para sempre, eu teria você em meus braços. A aliviar-me um pouco o fardo.
O mar estava cheio, a chuva caia cheia do mar
Os dois fundiam-se em gotas de atlântico
Enquanto nós, meu coração estava ao alcance da sua mão
Enquanto seu coração estava ao alcance de meu ouvido
Olhávamos um para o outro
Um para o outro.
Para o outro.
Aonde meu peito procura a melhor posição para entrelaçar-se com seu corpo, para assim o choro purificador vir como água doce cristalina. Tal como é a maresia das conchas marinhas. Eu era todo calor do desfigurado não saber, do querer em estado puro de emoção, eu era meu peito, meu corpo desabando no choro sem razão. Na razão de saber que ali estávamos, mas que em breve não mais estaríamos. Em cerca de um tempo de amor, que passa ligeiro, estaríamos um e o outro voltando para nossas casas, para uma parte nossa que não conhecíamos.
Na ventania cheia da escuridão do asfalto de água de chuva reluzente eu estaria todo ali entreposto nas singularidades da cidade de ares provincianos, a cidade dorme cedo. E eu, sem nem realidade de estar morto de amor, dormiria tarde.
Tudo novamente estava grande.
Os pássaros que agora via na cidade, os lilás vívido, quase sangrento, dos ipês, tudo ali era meu, era eu.
A inexistência de sorrisos e movimentações em dias rotineiros de outrora, desaparecera. O fogo de sentir o mundo na sua forma mais minha agora novamente me era aberto. Até as fitinhas multicoloridas que enfeitavam as avenidas da cidade faziam-me estremecer a pele, por que lembravam a alegria depois da tristeza. Era o carnaval. O carnaval é isso, a força de uma festa impulsionadora de vidas, de sua vida: de estar vivo na vivência do dia-a-dia, de ter força para lutar mesmo quando a dor e o desespero aparecer em seus olhos e ninguém, a não ser você e seu religare, te acolher em braços abertos. Mas, você, agora, novamente, e eu mesmo com o bombeamento de todo o dia, que agora já não me era todo o dia, para sempre, eu teria você em meus braços. A aliviar-me um pouco o fardo.
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