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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

sono:despertar

E novamente estou em face ao abismo. Novamente me vem a agonia, me vem o medo.
Devo prosseguir? Adiar mais uma vez o confronto comigo mesmo?
Sonho agora com estradas demasiadamente íngremes.
É preciso quebrar a elevada curva para subir.
É preciso deslocar o coqueiro para a passagem também difícil de ultrapassar.

Dói. E é de uma dureza apenas minha, ninguém deverá ajudar-me. É um caminho que é preciso trilhar só. E eu me perco, choro, recolho-me a velha criança medrosa. Mas me esqueço da criança sem medo e sorridente de outrora. Na verdade o caminho é esse, doer ao sol. No enfrentamento das iluminuras condensadas em meu corpo já acumulado de silêncios malditos, que poderei usar-me mais de mim para ser.

Nessa prática de viagens, o intervalo do sono me vale do melhor remédio. Durmo nos entremeios de meu amadurecer(se é assim que devo chamar), durmo e acordo com o mesmo problema, mas já  com a agonia dissipada.

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