sexta-feira, 29 de abril de 2011
mutualidade de quereres
Naquelas tardes,as quais passávamos contemplando o lago,profundo a nossa volta,encostados numa sombreira,não dizíamos nada,ficávamos a imaginar o que queríamos falar,e isso já bastava.Era melhor imaginarmos os pensamentos de cada,gostávamos desse joguinho.Onde podíamos depositar todos os nossos desejos,sem ninguém os refutá-lo.O melhor era quando gritávamos com eles,fazendo um feixe de luz que pudesse transpassar nossa pupila,alcançando a que encontrava-se em nossa frente.
Depois de algumas horas,entrávamos nas dulcícolas verdes,sentíamos a água,intercalando seu contato com o nosso.A brancura do amor fazia-se em nossa mente,havendo total entrega de emoções,percorrendo todo nosso corpo,fênix que sobrevoa nossas costas.
Em certos dias contávamos estrelas,deitados sorrindo para o céu.Antes da transfiguração dos raios luminosos,que por vezes fazia-se espetacular,dourando nossas faces ainda cristalinas.O reduzido conhecimento de astronomia fazia-nos nomear cada vapor de gases, sendo, por vezes, motivo de risadas que ao decorrer de seu processo intensificavam a vontade de virar-nos um para o outro para voltar-mos àquela pequena brincadeira de pensamentos.Fazendo da contemplação de suas coradas maçãs,começo de beijos e abraços aromatizados.Que emergiam no contínuo começo de nosso amor.Fechando o verão,ou reabrindo-o.Deixando em volta,o tom de mistério da relação.
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Ainnn que poético.
ResponderExcluirAdorei Luiz... muito bom!!!
Beijosssssssssssss
@JuhBarreto
www.pre-jornalismo.blogspot.com